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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por onde anda: Amanda Acosta, do Trem da Alegria

Por WALLACE CARVALHO/ Foto: Reprodução



RIO DE JANEIRO - No finalzinho da década de 80, início da década de 90, Amanda Acosta era presença constante nos programas de auditório da Rede Globo. Durante cinco anos - dia sim, outro também - lá estava ela no “Xou da Xuxa” ao lado dos companheiros do grupo infantil “Trem da Alegria” cantando sucessos que marcaram uma geração como “Pra ver se cola”, “Pula Corda”, “Iô-iô”, “Alguém no Céu”, entre outros.

Porém, muito antes de pegar o Trem, Amanda Neto Acosta já estava na estrada. A carreira dessa paulista começou aos quatro anos de idade como caloura do “Programa Raul Gil”. Depois, passou a fazer campanhas publicitárias, montou um grupo com as irmãs e duas primas – Amanda e as Netinhas, até fazer parte da turma do Do-ré-mi. Um ano depois, foi convidada para fazer parte da nova formação do “Trem da Alegria” - ao lado de Juninho Bill e Rubinho. Quase 20 anos após o fim grupo, ficaram boas recordações de momentos que não voltam mais. “Sinto uma saudade boa. Uma saudade saudável. Foi muito bom em todos os sentidos. Fui muito feliz no Trem”, contou Amanda ao Famosidades.

Desse tempo, ficaram os laços de amizade com os ex-companheiros. “Tenho contato com o Jú e o Rubinho. Com a Vanessa converso às vezes por e-mail e o Lú vejo muito de vez em quando”, disse Amanda que durante um ano dividiu os vocais do grupo com Vanessa e Luciano Nassyn. Em sua passagem pelo Trem, Amanda ganhou cinco discos de ouro, três de platina e conquistou, não apenas as crianças da época, mas uma legião de fãs e admiradores, como Xuxa, a eterna “Rainha dos Baixinhos”. A cantora e a apresentadora se reencontraram no palco do programa “TV Xuxa” no final de 2009. “Foi uma surpresa pra nos duas e a emoção foi verdadeira e intensa”, revelou Amanda que relembrou uma homenagem feita a apresentadora em 1989.

Após 17 anos sem gravar, Amanda está lançando seu primeiro álbum solo. Tanto tempo longe dos estúdios tem um motivo: falta de patrocínio. “No Brasil é tudo muito difícil quando você quer fazer um trabalho inédito sem seguir uma moda ou sem entrar no esquema comercial. Falta investimento na cultura”, explicou a cantora, que fez muito sucesso na época em que as gravadoras dominavam o mercado musical.

“Agora são outros caminhos e temos que nos adaptar, mas o público é o mesmo”, afirmou. Ela disponibilizou algumas músicas do novo disco na internet. “Queria que o maior número de pessoas tivesse contato com a minha música. Mas confesso que não consegui me organizar e fazer um trabalho grande de divulgação pela internet”, declarou.

O CD retoma a parceria de Amanda com Juninho Bill. Ele é autor de uma das faixas do álbum. “Nós nunca nos separamos. Eu sou fã do Jú, ele é um compositor incrível. E quando ouvi 'Mudo' fiquei louca para gravar”, contou. Ela queria incluir mais músicas do amigo da época do Trem da Alegria no disco, mas não pôde por uma “questão de direcionamento”. “Mas quero em breve retomar esta parceria”, afirmou.

Amanda selecionou um repertório bem brasileiro e misturou diversos estilos musicais. “Fui ao encontro de músicas que me diziam alguma coisa, que me tocavam tanto na letra como na melodia e ritmo”, contou. A cantora diz que ouve desde clássicos da música sertaneja na voz de Tião Carreiro e Pardinho a Ela Fitzgerald.

Sua volta aos estúdios revelou uma nova faceta de Amanda. Ela é autora de quatro das 13 faixas do álbum. ”As músicas do CD, compus entre os meus 16 e 24 anos. Tem outras músicas que não cheguei a gravar”, contou. Ela só agora, aos 31 anos, resolveu aprender a tocar violão. “Comecei a tocar para me acompanhar em algumas músicas que gostava de cantar e assim foi indo. Cheguei a tocar no meu show, e pretendo tocar mais vezes”, contou Amanda, que também toca pandeiro.

Nesse hiato da vida de cantora, Amanda descobriu-se atriz. No teatro, participou de várias produções, mas foi com seu trabalho em musicais que ela viu sua carreira deslanchar, com participações em “Grease”, “Gosdpel”, "Esta é a Nossa Canção” e “My Fair Lady”. Foi por sua atuação nesta última, que em 2007, levou o Prêmio Contigo de Teatro batendo atrizes veteranas como Bibi Ferreira, Cláudia Raia, Clayde Yácones e Nathália Timberg.

Mas, segundo Amanda, fazer tantos musicais não foi uma opção. “As oportunidades que foram surgindo, talvez pela facilidade que tenho devido ao meu histórico artístico”, contou. Ela acha que após tantas versões, o gênero precisa descobrir sua identidade brasileira. “Agora é o momento de criarmos os nossos musicais. Temos que investir nas nossas histórias. Brasileiras, contemporâneas ou clássicas”, ressaltou. Amanda pretende conciliar a carreira de atriz com a de cantora. “Pode chegar um momento que terei que optar por um projeto ou outro, isso faz parte. Mas jamais abandonarei nenhum dos dois”, afirmou.

Amanda também está no elenco do longa "E a Vida Continua", baseado na obra de Chico Xavier. “É uma menina de família, boa moça, passando por período delicado, pois está para ser operada e corre risco de morte”, contou a atriz. No ano passado rompeu o ligamento do joelho e teve que enfrentar uma mesa de cirurgia. “Foi a segunda vez que isto me aconteceu. A primeira meu atual marido era meu namorado e me convenceu que operar era a melhor opção, já que dançar e usar bastante o joelho faz parte da minha vida”, lembrou Amanda. Da última vez se acidentou foi bem no meio de uma apresentação. A dor foi tanta que ela que deixar o teatro às pressas e ir direto para o hospital.

Para ela, esta segunda operação mais difícil que a primeira. “Porque eu já conhecia todo o processo e sabia que a recuperação seria lenta e demandaria muita disciplina”, contou. Ela que ficou afastada do palco e de suas atividades durante seis meses. “Novamente meu marido foi um parceiro fundamental”, declara-se Amanda que é casada com o médico e ator André Fusko.

Totalmente recuperada a atriz que afirma que todos os personagens que interpretou foram importantes de alguma forma. E revela que gostaria de fazer “Hamlet”, de Sheakspeare. "Tenho vontade de interpretar a Ophélia”, revelou a atriz que tem planos de fazer novela. “Só não recebi ainda um convite que valesse a pena”, afirma Amanda que em 1993, logo após sair do Trem da Alegria atuou na novela “Mapa da Mina”, na Globo.

Na TV, Amanda apresentou um programa de variedades transmitido por uma emissora destinada à comunidade brasileira no Japão. Seu ótimo desempenho frente às câmeras lhe rendeu um convite para comandar durante um tempo o programa “Clipearte”, na TV Cultura sobre o cenário musical.

Atualmente, Amanda está em cartaz com o espetáculo “Maternidades”, onde dá vida a quatro mulheres: uma adolescente de 17 anos ansiosa para ter um filho, uma culta senhora de 50, uma mulher de 35 que está à beira da loucura por ter que reprimir seus instintos e uma avó de 80 anos, madura e de bem com vida.

Na vida real, Amanda se divide entre os papéis de atriz, cantora e mãe de Vicente, que vai completar dois anos no próximo dia 22. É para ele que Amanda canta a qualquer hora do dia. “Canto de tudo para meu filho e ele já está demonstrando alguns dotes musicais. Adora batucar e tem muito ritmo”, babou a mãe coruja que não faz planos para o futuro: “Deixo a vida me levar”. Que seus caminhos sejam levados pelo Trem da Alegria!

Fonte: http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=24710922

Cinco hipóteses para o destino dos 91,3 MHz

Como já é sabido, a frequência dos 91,3 MHz, no dial de São Paulo, agora é concessão da Rádio Itapema de Porto Alegre, emissora do grupo RBS. Especula-se por aí que ela provavelmente se transformará numa "franquia" da "Rádio Disney" americana. De acordo com informações veiculadas pela internet, a Disney Inc. teria 30% das ações da emissora, porcentagem permitida pela legislação, e assumiria a direção de conteúdo. Há ainda muito mistério e chute sobre o que realmente acontecerá com a futura rádio, mas podemos traçar algumas hipóteses:

Itapema FM - A emissora, que já pertenceu a falecida Rádio e Televisão Manchete e ao grupo ligado a um ex-governador paulista, virará mesmo Itapema FM paulistana, seguindo o modelo da original gaúcha de fazer uma programação voltada para um público adulto, acima de 25 anos, baseado em "flash blacks", mpb, jazz, etc. Talvez o objetivo seja entrar no mercado disputado por Alpha FM, Antena 1, Nova Brasil, Mitsubishi FM, Eldorado FM e afins. Há a possibilidade também de transformá-la em "cabeça-de-rede", a fim de expandir a cadeia e chegar mais facilmente ao mercado publicitário sediado em São Paulo. Esse parece ser a hipótese mais provável, embora os indícios atuais apontem o contrário.

Atlântida FM - A emissora seria transformada em mais uma filiada da rede Atlântida, voltada para o segmento jovem, também da RBS. Dessa forma, semelhante ao que ocorreria na hipótese "Itapema", ela expandiria seu alcanece, hoje restrito ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, ela teria como concorrentes diretas, não apenas emissoras locais, como é o caso das "adulto-contemporâneas" paulistanas, mas outras redes de rádio, como a Jovem Pan, Transamérica e Mix, além de 97 e Metropolitana. Se a opção for o segmento "popular", ela poderia virar "Rádio Cidade", a exemplo da homônima gaúcha.

Disney FM - A Disney a transformará em emissora com a marca do grupo, que veiculará uma programação musical que atingirá os ouvintes de 12 a 24 anos, público alvo da empresa e no qual o conglomerado possui diversos produtos com esse "target". Segundo alguns sites, é o que iria acontecer, uma vez que a emissora já está veiculando este tipo de música, ainda que em caráter experimental.

ESPN Radio - Os 91,3 MHz poderia ser transformado em uma "ESPN Radio", nos moldes da emissora americana especializada em esportes, pertencente também à Disney. Há uma probabilidade forte pois nem no mercado paulistano, nem no brasileiro, não existe nenhuma rádio voltada para este setor 24 horas por dia. A criação de tal veículo cristalizaria a tendência de "customização" e "segmentação" das FMs barsileiras, além de haver a possibilidade de abrir dezenas de postos de trabalho para radialistas, jornalistas, publicitários, técnicos e demais profissionais do ramo. Entretanto, se isso se confirmasse, não se sabe o que acontecira com a atual parceria da ESPN Brasil (TV) com a Rádio Eldorado de São Paulo, Rádio Manchete do Rio e outras afiliadas. Seria extinta a parceria?

Uma rádio no formato "Talk and News" - A hipótese menos improvável seria fazer dela uma espécie de "Rádio Gaúcha" paulistana, ou seja, uma emissora no formato "Talk and News", concorrendo com Jovem Pan AM, Eldorado AM, CBN, Bandeirantes e Band News FM. Também seria muito benvinda ao mercado, mas creio que haveria dúvidas quanto ao êxito, pois a Rádio Gaúcha é uma marca forte e altamente indentificada com o Sul do país. Teria de haver um profundo trabalho de adaptação de linguagem e adequação ao meio radiofônico no sudeste do país, para que a nova rádio fosse bem sucedida. Se esse modelo fosse ao ar, a RBs poderia entrar em conflito com o Sistema Globo de Rádio, na qual possui três afiliadas (Rádio Globo e CBN) em Porto Alegre e Florianópolis.

Com tantas opções do que fazer com a recém-adquirida concessão, ainda não dá para compreender o por quê da demora em colocar uma programação definitiva no ar. Talvez a suposta sociedade entre RBS e a Disney esteja enfrentando problemas legais, uma vez que a legislação aprovada recentemente (sob pressão de alguns conglomerados nacionais de comunicação) limita a atuação e a participação societária de grupos estrangeiros nas emissoras de rádio e tv. Ou talvez haja divergência entre os "sócios" sobre qual melhor caminho a seguir. Por ora, não há muito o que fazer, além de esperar para ver e ouvir um pronunciamento oficial do "dono" - ou "donos" - dos 91,3 MHz.

Fonte: Blog Rádio Base Urgente